sábado, 31 de julho de 2010

E a bagunça dela?


-Sabe a garota do copo d'agua?
-O que tem ela?
-Talvez só esteja pensando em alguém...
-Em quem? alguém do quadro?
-Não... alguém que encontrou outro dia na rua, e sentiu que eram parecidos.
-Hum... em outros termos, prefere imaginar uma relação com alguém ausente do que criar laços com os que estão presentes...
-Talvez ela só queira arrumar a bagunça da vida dos outros.
-Mas e ela? E a bagunça da vida dela? Quem vai por ordem?

(O Fabuloso Destino de Amelie Poulain)

SEBASTIAN'S VOODOO



terça-feira, 27 de julho de 2010

Outra visão...

Cabeça de mulher é coisa do capeta. Estamos sempre entrando em atrito entre razão e emoção. Somos feitas assim, somos puros sentimentos, puros sentidos e instintos. Agimos no impulso mesmo, depois nos arrependemos, ou se não agimos, nos arrependemos no fim por não termos feito nada, enfim, vivemos numa eterna briga psicológica. Mas não é sobre isso que quero escrever.
Eu quero deixar registrado o que sempre pensei sobre a tristeza e todas as consequências dessa palavrinha. Eu não vejo mal algum em estar triste.
Quando você está muito feliz, não encherga o mundo ao seu redor, fecha os olhos ao que acontece, não ve a tristeza, nem os problemas, pois o seu sentimento está ali, restritamente na felicidade, e só, você não se conhece muito.
Agora quando está triste fia, sai de baixo, faz coisas que não faria estando feliz, você se testa, testa seus limites, testa os sentimentos, sente ódio, amor, tristeza, tudo junto. Isso te faz se conhecer melhor, é ruim, mas é momentâneo, futuramente perceberá o quanto forte foi ou o quanto boba foi. Tenho a impressão que os sentimentos ruins nos tras a evolução, a coragem, a força pra seguir em frente, a vontade de mudança. Nos coloca a flor da pele, instiga, nos testa, nos muda, evolui. A tristeza aflora muitos sentimentos que não conheceriamos estando simplismente felizes. Já a felicidade nos da uma visão muito simples e banal da vida.
Enfim, sou grata por ter passado por coisas ruins nesses meus vinte aninhos de idade, me considero uma pessoa muito mais forte e segura de mim hoje em dia.
E creio que a felicidade é bem mais gratificante quando gerada a partir da tristeza.
Bom, é isso.


Um beijo, Letícia.